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AS VOZES

Processo de aprendizagem e modo de disposição do grupo

O cantar – testemunho de alguns membros

 Estudo da Universidade de Aveiro - Mpart

A Polifonia de Lafões

Na região de Lafões, os grupos de cantares, formalmente instituídos ou não, salvaguardam um repertório polifónico a três vozes: o baixo (a voz primeira), o raso, e o riba (a voz mais aguda). O raso e o riba fazem intervalos de terceiras e de quintas paralelas, ou seja, em relação ao baixo, o raso e o riba aumentam três e cinco tons, respetivamente.

A polifonia tem como base os mosteiros da região – Mosteiro de S.Cristóvão de Lafões e o Mosteiro de Santa Maria, em Arouca. Os padres e freiras que aí moravam, começaram a incutir no povo, a polifonia da altura (com outro tipo de afinação), para que as pessoas pudessem acompanhar as cerimónias de um modo mais solene e cerimonioso. Com o passar dos anos, de forma independente, as pessoas adequaram a polifonia ao seu viver e ao seu ouvido, nascendo a polifonia que existe na zona, nos dias de hoje. Surgem, assim, as músicas, entoadas nessa nova afinação, que constituem um documento vivo de caracterização histórica e cultural das vivências do povo antigo.

Sugestão

© 2020 por Alexandra Rodrigues

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